Olga Marín, comandante da guerrilha ‘Força Armadas Revolucionárias da Colômbia’ (FARC), assegurou que sua organização luta pelo acesso das mulheres ao aborto e defende este “direito”.

Durante a coletiva de imprensa no dia 20 de setembro, no final da Décima Conferencia Nacional Guerrilheira das FARC, Marín assegurou que “o aborto é uma decisão pessoal do direito que as mulheres têm de decidir sobre o próprio corpo e nós o defendemos”.

“Nós lutamos e estamos de acordo com o aborto, sempre e quando a mulher quiser”, disse.

A Décima -e última- Conferência Nacional das FARC realizada entre os dias 13 e 19 de setembro, contou com a participação de aproximadamente 200 delegados e 50 convidados internacionais. Este evento foi realizado a fim de ratificar os acordos de paz com o governo colombiano e planejar sua estratégia como um grupo político legal.

As FARC foram acusadas diversas vezes por haver obrigado as guerrilheiras a abortar. Em 2015, as autoridades colombianas abriram um processo contra Héctor Albeidis Arboleda Buitrago, conhecido como “O Enfermeiro”, homem acusado de praticar cerca de 500 abortos forçados às mulheres do grupo guerrilheiro.

A comandante Marín disse à imprensa que as mulheres “não podem ter filhos na guerrilha por uma razão fundamental: na guerra não podem haver filhos”.

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“A segunda razão: Porque esses filhos se convertem em um perigo, pois são utilizados pelo inimigo para nos combater. A mulher decide. Se aceitar estas condições ingressa ou não ingressa”, disse.

A terceira razão para justificar sua atitude, disse a guerrilheira, é que “não podemos trazer filhos ao mundo para abandoná-los. Portanto, nas FARC o planejamento é obrigatório”.

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